CUBIK Arquitetura e Design,arquiteto Bernardo B. Generosi, arquiteta Roberta Andreolla

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Inspirada no conceito nórdico conhecido como hygge, reforma valoriza aconchego e convívio

04/10

A reforma no apartamento mistura peças antigas recicladas com itens novos e aposta em cores claras e acolhedoras e em peças de família

Muitas pessoas estão aderindo ao estilo hygge de viver, mesmo sem perceber. A valorização do bem estar dentro de casa, inspirada no design nórdico, é um fator decisivo nas escolhas que vão desde as cores à distribuição do ambiente.

Nesta reforma assinada pelos arquitetos Roberta Andreolla e Bernardo Generosi, do escritório Cubik Arquitetura, as transformações seguem alguns pontos desta cartilha. Um deles, o uso de peças com grande apreço sentimental (neste caso estante, cristaleira e poltronas). Outro, um estudo diferente do layout da sala, que ampliou as possibilidades de convívio e trouxe melhorias à área de estar, agora mais ampla e voltada para o relax.

– A proprietária é dentista, então queria muito investir em aconchego, uma vez que passa o dia em ambientes frios – explica Roberta.

Tons claros com toque quentes

Embora neutro, o matiz de fendi fugiu do efeito mais frio do branco e criou uma ideia acolhedora nas paredes e na melamina dos móveis. Na cozinha, no lugar de quebra-quebra – a reforma precisava ser rápida, o tempo de uma viagem de férias da moradora –, os azulejos foram tapados com massa acrílica, e a nova parede lisa pintada com a tinta cor Berço, da Suvinil.

Na sala, as paredes em ângulo dificultavam a distribuição dos móveis. Porém, após a integração de um dos quartos (que hoje é ocupado pela sala de jantar), um novo layout foi proposto:

– Agora, o estar tem a TV de forma mais centralizada e um sofá mais amplo.

Conheça o estilo hygge:

Valorizar o conforto na sala: não tem nenhuma relação com espaço disponível. O importante é ter algo que garanta um momento de relaxamento. Um recanto ou poltrona de leitura já está dentro do hygge.
Receber em casa: não tem espaço para uma mesa grande? Pufes, almofadas e futons podem acolher muitos amigos de um jeito despojado. O importante é abrir a casa para pessoas queridas.
A cozinha em destaque: cozinhar é um ato de amor. Quem não tem cozinha americana pode investir em hortinhas na janela ou paneleiros suspenso, para deixar pelas coloridas aparentes.
Cores quentes: não significa tons escuros. Os crus já estão dentro da ideia nórdica, a diferença é que são matizes que levam um toque de bege, mais quentes do que os acinzentados.
Texturas: os campeões dos adeptos do hygge são as mantas espalhadas em sofás e poltronas. Sabe aquele cestinho com as mantas enroladas? É a cara da proposta, assim como usar velas em mesinhas para um clima acolhedor.
Objetos de família: são como uma linha do tempo na casa. Segundo o conceito, ter peças e objetos de pais e avós deixam a morada com mais afeto.

Novo tom
Uma estante antiga, que ficava no quarto, foi "promovida" no estar após passar por pintura branca (antes era em laca verde). A lareira também ganhou um painel para disfarçar um desnível no duto e, assim, a instalação da TV foi simplificada

Reportagem de RENATA MAYNART

publicado no Caderno CASA E CIA - jornal ZERO HORA, edição nº 995 - 4 de Outubro 2017

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